Fragilidade
Ou o dia em que Robinson fez uma analogia
Pense como é curioso o momento em que você pensa em alguém. Sua
primeira impressão é que você está invadindo o espaço de outra pessoa. A espreitando.
Pobre engano. Você acabou de ser invadido pelo outro ser. É só
comparar com computadores e internet:
- Amor, digitei google.com e entrei em um site!
Não não... não é assim que funciona. Você digitou o nome do
site e ele foi chamado a entrar em seu computador. É inusitado. Quando se
digita um site, você não entra nele. Ele é convidado a entrar em seu
computador.
E esse troço que alguns chamam de amor é a mesma coisa. É um
caminho unilateral, infelizmente. Bom, não podia ser diferente. Se você ama
alguém, quer esperar que esse alguém te ame também? Boa sorte.
Pense em Jesus amando um de seus quaisquer filhos – sou ateu
mas isso não me impede a comparação – e que mais que ele lhe deseje o bem, ele
sequer lhe agradece.
Amor funciona assim. De forma unilateral. Você pode amar e
esperar ser amado, mas se você está amando.... fodeu. Não importa a
retribuição. Você está amando e aquele troço vai te perseguir. Não porque seja
algo como um vírus.
É que amar é amar. O tonto ou tonta que passa por isso não
tem como se livrar. Você apenas ama. O tonto ou tonta não se importa com o fato
de não haver retribuição – na verdade ele gostaria, mas não é tão simples. O amor
o preenche – que frase gay.
Mas o fato é entender a bilateridade, o dual:
Se você ama e não é amado, você ganha em cinquenta por
cento.
Se você não ama e não é amado, perde em cem por cento.
Se você não ama e é amado, também é prejuízo, pois você não vai
aceitar o amor que lhe é dado – ou então você é um mau caráter.
Se você ama e é amado, isso é uma puta de uma sorte!
O amor é esse raio do
cacete dos infernos.
Você não escolhe quem você vai amar. Apenas você acessou e
descobriu a pessoa. Depois disso, quem vai entender como funciona?
E a besta quadrada fica pensando: “Olha em que site legal eu
entrei!!!”
Anta, foi o site que entrou em você.
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