Com Olhos Fechados

Ultimamente venho pensando sobre a existência, sobre o ser humano, sobre a razão de estarmos aqui. Queria muito entender a nossa razão de existir. Porque existir, se tudo acaba em nada?
É quase impossível encaixar o conceito de felicidade aqui.
Ser um, entre milhões de criaturas. Como aceitar isso? Meu egoísmo me faz pensar que sou alguém muito importante, de alguma relevância.
É difícil para mim, lidar com isso, pois me considerava alguém importante.
Na verdade, não é que me considere importante. Apenas achava que tinha um valor acentuado. Algo como um grande grupo seleto, dos trinta por cento melhores da Terra. Mas como pensar sobre isso com tanta gente no mundo?
Acho que isso tem haver com o conceito de família. Em grupos menores, conseguimos perceber melhor nossas qualidades, e isso nos faz bem.
Mas como isso poderia ajudar uma pessoa sozinha, sem família, solitária? Este ser não teria direito a felicidade?
Me lembro de um estudo que li, que dizia que a mastigação não podia ser considerada algo essencial à digestão, já que durante as pesquisas notaram que não havia maior número de pessoas sem dentes com problemas estomacais em relação ao restante da população.
É minha forma de expressar meu pesar.
Há relação entre o conceito de família e a felicidade?
Pode um homem sem dentes comer?
Pode um homem sem família ser feliz?
A resposta, muito provavelmente, está guardada em minha angustia. Em meu desejo de chegar a algum lugar. Nesse desespero, não consigo curtir a viagem...
Me sinto muito só ao pensar sobre estas coisas. Como se fosse o último daqueles bilhões de pessoas no mundo. É algo difícil de passar.
O nada me assusta. E o tudo também.
Ultimamente venho pensando a respeito disso também.

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