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Mostrando postagens de agosto, 2021

A Dor

Pode vir direta. Pode ser furtiva. Pode ser física, mental, espiritual ou até moral. Pode ser intermitente ou direta. Pode ser tão intensa que se sobreponha a outros sentidos. Pode ser ainda mais intensa, e por em dúvida a vantagem de existir. Mas sentir dor também é sinal de estar vivo. E, enquanto se está vivo há esperança. Mas há uma dor muito específica que era mais comum nas antigas guerras, quando a comunicação era difícil e lenta. Quando a família, mãe ou esposa ficava meses em suspenso, sem saber se seu amado combatente estava vivo ou não. Se voltaria ou não. E com o detalhe mais cruel: em cada minuto imperava a incerteza. O marido ou filho se tornava uma espécie de gato de Schrödinger. Sem contato, sem ouvir sua voz, sem alguém para dizer "Ele está incomunicável, mas bem, dentro do possível." Como essa dor deveria ser lancinante... Reza a lenda que Franklin Roosevelt, ao ser informado da morte de três dos quatro filhos de uma americana durante a Segunda Guerra, autor...